Debate sobre piso em Carnaíba gera impasse entre professores e Município.

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Próxima rodada de negociações será nesta quarta. Debate pode parar na esfera judicial.

Em Carnaíba, o debate sobre a política
salarial para os professores no município tem gerado um debate que se
arrasta há alguns meses. De acordo com a ASSEMUCA –Associação dos
Servidores Municipais de Carnaíba, o prefeito Anchieta Patriota (PSB),
em reunião há algumas semanas, informou que não teria como oferecer o
reajuste de 7,64% anunciado pelo Ministério da Educação para o piso
Nacional do professor neste ano de 2017.

A alegação foi de que há comprometimento
alto com a folha em virtude do número elevado de professores efetivos, o
que engessaria o repasse. Antes, Patriota pediu um prazo de seus meses
para avaliar a demanda dos educadores.

“Cumpre dizer que os municípios da nossa
região, a exemplo do município de Quixaba, já começaram e pagar os
salários devidamente reajustados e que a justificativa do prefeito é de
que já paga acima do piso. Todavia, ele se fundamenta utilizando o valor
do piso atual somado às vantagens de faixa por tempo de serviço e
titulação”, diz a advogada da Associação, Sinara Amorim.

Apesar de negar o reajuste sob o
fundamento de que já paga o piso, o município de Carnaíba apresentou uma
proposta para a classe onde se compromete a pagar o piso Nacional e
cria um piso municipal, segundo ele. Na prática, a longo prazo, engessa o
crescimento dos salários e desestimula a qualificação profissional”,
rebate Sinara.

Ela acrescenta que o reajuste anual do
piso é uma garantia legal determinada nos termos do art. 5º da Lei
Federal nº 11.738, de 16 de julho de 2008, que estabelece a atualização
anual do piso nacional do magistério, sempre a partir de janeiro.

“O Governo Federal realiza o repasse de
recursos do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e
de Valorização dos Profissionais de Educação (Fundeb) para complementar o
piso salarial dos professores, nos estados e municípios, referente a
2017”, acrescenta.

A classe em assembleia rejeitou o
projeto de lei apresentado e decidiu entrar no debate judicial pelo
reajuste. Prefeitura e Associação devem ter um embate jurídico. Uma nova
assembleia com apresentação de uma contra-proposta ainda acontecerá
nesta quarta-feira.

A Presidente da Associação, Socorro
Silva informou que o debate de fato terá novo capítulo nesta quarta. “No
início ano o gestor enviou o Dr Carlos Moura que é o assessor e pediu
seis meses para arrumar a casa. Além desse debate, também um projeto
sobre aposentadoria dos servidores e outras questões que estamos
debatendo. Se o projeto que ele apresentar, a classe concordar tudo bem.
Se não, o debate será jurídico”, informou.

Quanto à manifestação registrada na
volta às aulas, com um grupo de pouco mais de 30 pessoas indo de preto
ao primeiro dia de aulas, Socorro disse respeitar a manifestação, mas
afirmou quie não partiu da Associação. “Fizeram mas não foi com decisão
da Associação. São 239 professores professores. Na foto há professores
associados e não associados. É um direito deles, mas não passou pela
associação”, garante.
Por Nill JR.

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