O escândalo do Bradesco de Afogados da Ingazeira.

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Um escândalo que até
agora caminhava apenas em gabinetes de advogados, judiciário e Polícia
Civil bem que poderia estampar manchetes de jornais e edições
televisivas dado o seu tamanho. Em Afogados da Ingazeira, dezenas de
servidores estaduais estão há meses sem ver a cor dos salários porque
foram vítimas do Golpe do Empréstimo Pessoal, aplicado por servidores do
banco e que acabou rendendo pelo menos duas demissões, uma delas de um
ex-gerente.



Os nomes de todas as
vítimas e acusados ainda não foram devidamente revelados, apesar do
burburinho no boca a boca, mas não são poucos os dramas pessoais de quem
aguarda decisão do judiciário para bloquear os empréstimos fraudulentos
e começar a definir pelas indenizações. Da mesma forma, inquéritos na
esfera criminal buscam responsabilizar os culpados.



O esquema consistia em
utilizar o banco de dados de servidores que detinham empréstimo
consignado e fazer, sem consentimento dos interessados, empréstimos
pessoais. Essa modalidade de empréstimo dribla a exigência de
comprometimento mínimo da renda em 30% do consignado.



Os servidores envolvidos
nas operações fraudulentas mantinham contato com o servidor e diziam
“ter um empréstimo para oferecer e que a parcela seria a mesma do
consignado”. Usassem ou não, os servidores eram surpreendidos com
valores nunca pedidos, entre R$ 20 a R$ 50 mil ou mais. “Em algumas
contas, as operações de débito e crédito de um servidor assalariado,
chegavam a R$ 200 mil”, disse um dos advogados das vítimas. Parte desse
montante aparentemente era desviado para os operadores do esquema.



Com um valor de parcela
maior que o próprio salário, os servidores foram pegos de surpresa e
viram a impossibilidade de acessar qualquer valor da conta, além de
terem nomes incluídos em sistemas de proteção ao crédito. “Se não fossem
familiares, estaria passando fome”, disse uma servidora.



Vários advogados
ingressaram com ações solicitando suspensão do empréstimo fraudulento,
restituição dos salários e indenização do Banco. Considerando o número
de vítimas, as indenizações podem alcançar cifras milionárias. Neste
caso, a instituição responde pois os servidores estavam a seu serviço. E
vai poder responsabilizar na esfera criminal os envolvidos.



 
Por Nill Junior.

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