Acusado de pagar propina a Eduardo Cunha fala grosso com Sergio Moro. ‘Não há como negar a quebra da imparcialidade’.

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Réu acusado de pagar propina a Eduardo Cunha,
o empresário português Idalécio de Castro Rodrigues de Oliveira entrou
com uma representação contra o juiz Sergio Moro. Os advogados alegam que
Moro é parcial e que, por isso, deve ser afastado do caso.

“Tais esperadas legitimidade e confiança estão comprometidas
pela parcialidade objetiva de Vossa Excelência, o que impõe, com todo o
respeito, o seu afastamento desta Ação Penal”.

A defesa de Idalécio argumenta ainda que o juiz julgou
previamente todos os envolvidos na ação penal. E que a condenação foi
exposta na sentença de Eduardo Cunha.

“Basta uma rápida leitura da referida sentença para
perceberem-se as incontáveis oportunidades em que Vossa Excelência, de
forma indevida, invadiu o mérito da presente Ação Penal, formando juízo
de culpa definitivo sobre réus que não estavam sob julgamento naquele
processo e que ainda seriam julgados por este Juízo”, escreveram os
advogados do empresário.

Eles apelam até mesmo para os direitos humanos.

“No direito internacional, este princípio também se encontra
positivado no art. 8o da Convenção Americana sobre Direitos Humanos”,
disse.

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