Prefeito de Serra Talhada diz que os mais de R$ 2,4 milhões da repatriação apenas ameniza crise.

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A Receita Federal informou nesta
terça-feira (1), que o programa de regularização de ativos no exterior,
também conhecido como repartição de recursos, trouxe de volta à economia
brasileira R$ 169,9 bilhões.
Segundo cálculos da Confederação
Nacional dos Municípios (CNM), Serra Talhada vai receber uma fatia gorda
de R$ 2.426.137,22. Todos os municípios do Sertão do Pajeú vão receber,
juntos, R$ 15.423.300,83. Serra Talhada vai consumir a maior fatia do
bolo.

Em conversa com o Farol de Notícias, o
prefeito Luciano Duque (PT) adiantou o que iria fazer com os recursos
extras, mas ponderou que não vai ajudar a resolver os graves problemas
de Serra Talhada.

“Esses recursos não cobrem o
que tivemos de queda das receitas de FPM e ICMS. Vamos regularizar
pagamentos. O tesouro nacional no início do ano nos mandou uma previsão
de receitas de FPM da ordem de R$ 97 bilhões. Em junho refez os cálculos
para 92 bilhões. E agora a previsão de repasse é de R$ 84 bilhões. Fica
difícil de qualquer administrador fazer um planejamento factível com as
constantes quedas de receitas”, revelou Duque.

Ainda durante a entrevista, o
prefeito admitiu que a ‘injeção’ extra de recursos vai apenas amenizar o
cenário de crise. “Então esses recursos irão minimizar a crise.
Recursos para todos os municípios. Só pra você entender. Nas empresas
privadas se demite. Oferece menos serviços. Na pública é impossível”,
reforçou Duque, afirmando que é preciso manter os serviços de Educação e
Saúde, entre outros.

“Tem que fazer mais com menos.
É por isso que muitos governos estaduais e municipais estão em crise.
Queda nas receitas. Nós, esse ano, aumentamos a oferta de serviços, mais
creches, escolas, UBS. Fazer gestão com esse cenário exige muita
sabedoria e criatividade”, finalizou.
 
Por Nill JR.

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