Em nota, Paulo Câmara (PSB) diz que substituir Dilma por Temer é alimentar ilusão.

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Em
nota, enviada, nesta manhã de segunda-feira (18), o governador de
Pernambuco Paulo Câmara (PSB),  que liberou 3 (três), de seus auxiliares
( Danilo Cabral – Planejamento, Sebastião Oliveira – Transportes e
Cidades – André de Pauça) para votarem, neste domingo (18), pelo
impedimento da Presindente Dilma (PT); voltou a defender o diálogo e
condenou um possível governo Temer (PMDB).

 

CONFIRA A NOTA ENVIADA AO PORTAL JÚNIOR CAMPOS

 

“Dentro das
normas constitucionais e de acordo com o rito estabelecido pelo
Supremo Tribunal Federal, o plenário da Câmara dos Deputados decidiu
dar sequência ao processo de impeachment da Presidente Dilma Rousseff. O
julgamento final cabe agora ao Senado Federal. Qualquer que seja ele,
evidencia-se, mais uma vez, a robustez e o equilíbrio das instituições
democráticas nacionais, em um momento de grande crise no País.


Devemos, no entanto, ter ciência que não é algo singelo e confortável o
fato de num período de apenas 24 anos tenha existido a necessidade de
afastar dois presidentes da República.


Bem antes da decisão deste domingo, sempre defendi o entendimento, o
diálogo e a transparência como vias capazes de reunir os que hoje são
adversários. Em mais de uma oportunidade, me pronunciei em favor do
desarmamento dos espíritos e da construção de pontes, sem as quais não
conseguiremos sequer vislumbrar as urgentes saídas a curto prazo.


Caso o Senado Federal decida dar prosseguimento à deliberação da Câmara
dos Deputados é essencial, desde já, não alimentarmos a ilusão de que a
eventual substituição da Presidente da República significará o fim da
crise econômica, social, política e ética.


Em decorrência dos desafios sem precedentes com os quais o Brasil se
depara, não há soluções simples e rápidas à frente. Estamos enfrentando a
maior recessão dos últimos 86 anos, com o desemprego em números
alarmantes, milhões de famílias endividadas e o crescimento da miséria,
que demoramos tanto tempo para começar a reverter. Não podemos deixar
de ressaltar que as maiores vítimas  de todo esse cenário recessivo são
os que mais precisam do apoio dos serviços públicos de Saúde,
Educação, Segurança e Assistência Social.


Os mais necessitados – que talvez tenham ficado de fora de todo esse
enfrentamento exacerbado – são os mais prejudicados pela derrocada
acelerada da economia brasileira: perderam empregos, se endividaram e
enfrentam um custo de vida, com alta inflação, que há muito não se via
no Brasil.


Precisamos reagir à polarização exacerbada e ao radicalismo
irresponsável que levam apenas à consolidação dos impasses. É
necessário um diálogo em favor do Brasil. Precisamos reunir todos
aqueles de boa vontade, todos aqueles comprometidos com o futuro dos
brasileiros, em um pacto econômico, social e político que viabilize a
reconstrução do País e possibilite a renovação das esperanças
nacionais.


Como afirmo e faço desde que assumi o Governo do Estado de Pernambuco,
reitero a minha disposição de contribuir para que esse indispensável
pacto se efetive, com o apoio do valoroso povo pernambucano.

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