Encontro entre promotores e prefeitos cobra rapidez em nova etapa de Adutora, mais qualidade na saúde e efetivo para polícias.

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Direto da Rádio Pajeú
Em uma reunião que começou no fim da tarde e terminou esta
noite, articulada pela 3ª Circunscrição do Ministério Público, foram
debatidos os chamados eixos principais de atuação dos promotores do
Pajeú. O encontro contou com participação de prefeitos, promotores, além
de representantes da Saúde, Polícias, Dnocs e Exercito.

O primeiro tema abordado foi a segurança hídrica nos municípios que
sofrem com a estiagem. Houve apresentação do novo Coordenador do Dnocs
em Pernambuco, Aldízio Melo Siqueira. Na pauta a celeridade nas obras da
segunda etapa da Adutora do Pajeú, para socorrer os municípios na
iminência de colapso no Alto Pajeú, mais os que já são abastecidos por
carros pipa ou sistemas com caixas nas vias.

O quadro apresentado por Aldizio não foi animador, com
contingenciamento de recursos federais e falta de material. A previsão
para conclusão dos trabalhos era dezembro. Mas, após cobrança, foi
pactuado que o Dnocs buscará dobrar os turnos de trabalho e cobrar mais
celeridade no repasse dos recursos.

Com o MP, a missão de acionar as empresas fornecedoras de material
para a obra e monitorar os trabalhos. Assim, caso haja cumprimento do
sinalizado, a ideia é concluir essa etapa da Adutora até a segunda
quinzena de novembro. “O representante do Dnocs ficou surpreso com nosso
poder de articulação”, disse o promotor Lúcio Almeida.

Paralelamente, continua a pressão juto ao Ministério da Integração
Nacional para acelerar os ramais da Adutora do Pajeú para Triunfo, Santa
Cruz e Jericó, bem como incluir de novo no projeto cidades como
Brejinho e Santa Terezinha, na ponta do Alto Pajeú.

Representando o Exército, o representante da 71ª BIMT2, que atende o
Sertão, Luiz Eduardo Cabral, falou dos desafios da Operação Pipa, que já
está recorrendo a reservatórios de cidades como Patos e Ibimirim para
atender as cidades do Pajeú.

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Outro debate que consumiu tempo foi o da Saúde. O MP  cobrou e foi
definida a criação de um Grupo de Trabalho articulado pela Geres, com
Secretários de Saúde para distribuir entre unidades regionais e
municípios cirurgias eletivas, fazendo com que hospitais como o Regional
Emília Câmara e Hospam tenham suporte para tender emergências, mais uma
cota de procedimentos eletivos.


A sugestão nasceu da constatação de que com a crise, tem faltado
material para procedimentos eletivos. A cobrança é para que, enquanto o
debate é travado, haja luta para retomar o nível e quantidade dos
procedimentos anteriores.


Também foi duro o discurso para que a Central de Regulação funcione
como prometido. Houve relatos de que pacientes do Emília Câmara não eram
atendidos quando transferidos para o Hospam.  A Diretora Leandra
Saldanha relatou que o problema aparentemente foi sanado. Diretora da
unidade serra-talhadense, Mauriciana Pereira acompanhou parte da
reunião. Houve ameaça de processos contra médicos que negligenciam
atendimento e solicitação de que se evite negar atendimento nas unidades
regionais ou municipais sob ótica de que “não é do município”.


Na atenção básica, a cobrança foi para que cumpram o acordado na
cobrança de carga horária para médicos nas UBS. O MP também quer
participação efetiva dos Conselhos Municipais de Saúde, fiscalização da
carga horária de agentes de endemias e ACSs além de pesquisa sobre a
qualidade desse atendimento e fornecimento regular de medicamentos
básicos e excepcionais na Farmácia do Estado.


Ao final, houve encontro entre o Delegado Regional Jorge Damasceno, o
Capitão Vieira, pelo 23º BPM e Prefeitos, para pressão política no
sentido de aumentar efetivos e condições de trabalho das policias
Militar e Civil no Pajeú, hoje com defasagem importante.

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Participaram os prefeitos José Patriota (Afogados/Amupe), Dêva Pessoa
(Tuparetama/Cimpajeú), Zé Mário Cassiano (Carnaíba), José Vanderley
(Brejinho), Dessoles (Iguaracy) e Romério Guimarães (São José do Egito),
Mary Delânea (Geres), Jorge Damasceno (Polícia Civil), Leandra Barbosa
(HR), Mauriciana Pereira (Hospam) além dos promotores, Lúcio Almeida (3ª
Circunscrição), Fernando Della Lata, Maria Beatriz Gonçalves
(Procuradora Federal) além de Secretários de Saúde e representantes de
municípios da região.

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