Público do Estado de Pernambuco (MPE-PE) dá conta de que o presidente da
CPI da Petrobras na Câmara, deputado Hugo Motta (PMDB-PB), pagou R$ 180
mil de sua verba parlamentar para alugar veículos da KMC Locadora,
empresa que é considerada de fachada pelo órgão. O MPE fundamenta sua
denúncia pelo fato de a não existir fisicamente e ter apenas um carro
registrado em seu nome.
empresa entre fevereiro e dezembro de 2011 e, depois, entre julho de
2012 e março de 2013, com pagamentos mensais de R$ 5.000 a R$ 10.000 de
sua cota para atividade parlamentar, verba destinada pela Câmara para os
deputados usarem em atividades de suporte ao exercício do mandato.
peemedebista à empresa chamaram atenção do Ministério Público de
Pernambuco, que citou o fato em uma ação de improbidade administrativa
ajuizada em junho contra a gestão do município de Santa Cruz do
Capibaribe (PE) pela contratação da KMC sem licitação. A empresa
subcontratou veículos de outros proprietários para prestar o serviço, já
que não os possuía, de acordo com a ação, conforme reportagem do jornal
O Tempo, de Minas Gerais.
investigações, a sede da KMC não existe, não há registro de funcionários
da empresa e a frota se resume a um veículo Toyota Corolla, que nem era
aceito no contrato com a prefeitura de Santa Cruz do Capibaribe.
afirma que a empresa é administrada pelos donos de uma outra locadora e
manobrada só para obter contratos com a administração pública. Em
depoimento, a proprietária da KMC, Rafaela Cavalcanti, disse nem saber
quantos veículos a empresa possuía.
natural do município de Patos, no interior da Paraíba, a 317 km da
capital João Pessoa. A cidade fica a 67,8 km do município de Itapetim
(PE), registrado como a sede da empresa KMC.
Pernambuco enviaram na semana passada as informações sobre o deputado à
Procuradoria-Geral da República (PGR) e ao Ministério Público Federal em
Patos.
consecutivo, Hugo Motta era muito pouco conhecido até ser designado para
assumir a CPI da Petrobras. Ele é pupilo do presidente da Câmara,
Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que agora também é investigado na Operação Lava
Jato.
Hugo Motta afirma que o caso já havia sido investigado pelo Ministério
Público no Distrito Federal e arquivado, e que ele comprovou que os
serviços foram prestados.