Copa América 2015 chega com craques, equilíbrio e importância.

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Se um dia se falou que a Eurocopa era a versão da Copa do Mundo sem
Brasil e Argentina, a Copa de 2014 transformou a máxima em falácia. Um
ano depois, a Copa América de 2015, no Chile, chega mostrando o momento
de alta do futebol sul-americano: alguns dos principais craques do
planeta jogarão, não se fala mais em favoritismo de Brasil e Argentina e
todas as equipes competem pelo topo, e não mais por experiência.

A edição da Copa América que chega com enorme expectativa começa nesta
quinta-feira (11), às 20h30, no estádio Nacional, de Santiago, e será
aberta na partida entre Chile e Equador, pelo Grupo A, que também conta
com México e Bolívia. Os motivos para crer que o torneio ilustrará o
grande momento vivido pelo futebol do continente são muitos.
Alguns dos melhores jogadores do planeta

Lionel Messi, já favorito ao prêmio de melhor jogador do mundo em 2015,
jogará esta Copa América. E possivelmente com a sensação de revanche
pela edição de 2011, quando não conseguiu brilhar tanto como se esperava
e acabou eliminado nas quartas de final pelo Uruguai, que mais tarde
seria campeão.
Ainda na Argentina, jogadores como Carlos Tévez,
que fez excelente temporada pela Juventus, Javier Mascherano, que venceu
tudo com o Barcelona, e Sergio Aguero, artilheiro do Campeonato Inglês,
aparecem. E ainda há outros atletas de destaque, como o meia Ángel Di
Maria, do Manchester United.
O Brasil não tem um time totalmente
estrelado, mas tem Neymar, decisivo para o Barcelona na vitoriosa
temporada e em constante ascensão. Além do capitão e camisa 10, conta
com protagonistas emergentes, como Willian e Philippe Coutinho,
dominantes em Chelsea e Liverpool, na Inglaterra, respectivamente.

A Colômbia, que nos últimos anos – assim como a Bélgica na Europa – se
colocou como uma das maiores seleções do mundo, também mostra suas
armas: James Rodríguez, a sensação da Copa do Mundo e hoje no Real
Madrid, Juan Cuadrado, do Chelsea, Jackson Martínez, do Porto, e Falcao
Garcia, que mesmo em má fase após temporada apagada no Manchester United
tenta se recolocar após a ausência por lesão na Copa do Mundo.

No Chile, as placas de publicidade da competição espalhadas pela capital
Santiago alternam entre as imagens do atacante Alexis Sánchez, do
Arsenal, do volante Arturo Vidal, finalista da Liga dos Campeões com a
Juventus, e do goleiro Claudio Bravo, do Barcelona.
A renovada
seleção uruguaia, campeã da última edição, não tem Luis Suárez, suspenso
pela famosa mordida da Copa do Mundo. Mas tem Diego Godín, hoje
considerado um dos melhores zagueiros do mundo, do Atlético de Madri, e o
atacante Edinson Cavani, do Paris Saint-Germain.
O favoritismo mudou de mãos

Há muitas edições não se via um cenário em que falava-se abertamente
antes do início da competição que os favoritos ao título não são apenas
Brasil e Argentina. Hoje a seleção colombiana, por exemplo, é tida por
técnicos e jogadores rivais como um adversário do mesmo nível. Dunga
disse isso, e ainda colocou o Chile, anfitrião, em patamar mais alto. E
os próprios chilenos se colocam como favoritos.
Copa do Mundo mostrou força da Copa América

Seis dos 16 times que participaram das oitavas de final da Copa do
Mundo de 2014 jogam esta Copa América de 2015. O México, convidado nesta
edição, é um deles. Mas o retrato importante está em Brasil, Argentina,
Chile, Colômbia e Uruguai.
O caminho brasileiro até chegar aos 7
a 1 contra a Alemanha também mostrou isso: nas oitavas de final, uma
vitória nos pênaltis para superar o Chile, que na primeira fase vencera a
então campeã mundial Espanha, por 2 a 0, jogando melhor. Depois, sofreu
novamente para vencer por 2 a 1 a Colômbia, que eliminara o Uruguai.

A Argentina, que desde 1990 não chegava a uma final, chegou. Com um
time reinventado por Alejandro Sabella, consertou os problemas
defensivos e finalmente conseguiu montar o quebra-cabeça ofensivo com
peças que não encaixavam havia anos.
Quatro entre oito primeiras do ranking da Fifa

Hoje a América do Sul representa metade daqueles que seriam os cabeças
de chave numa Copa do Mundo segundo o ranking da Fifa. A Argentina ocupa
a 3ª posição, seguida de Colômbia (4ª) e Brasil (5º). O Uruguai aparece
em 8º. Entre eles, europeus: Alemanha (1ª), Bélgica (2ª), Holanda (6ª) e
Portugal (7º).
Todos jogam para ganhar. Virou prioridade

A Copa América de 2015 encerrou o discurso de que joga-se para formar
um grupo, para adquirir experiência. O equilíbrio entre os times hoje
faz com que Brasil, Argentina, Colômbia, Chile e Uruguai, pelo menos,
cheguem ao torneio com a maior das ambições: todos falam em título.

Se todos colocam tal troféu como prioridade, acima da formação de um
time, da oportunidade de adquirir entrosamento para uma meta maior, a
competição fez-se importante.
Fonte: Uol Esportes.

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