Estamos no mesmo saco, eu, o Lula e Dilma, diz Dirceu.

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O ex-ministro
da Casa Civil, José Dirceu, guarda mágoas em relação ao ex-presidente
Lula e a presidente Dilma por conta do que considera “omissão” e
“covardia” diante dos acontecimentos do mensalão, que culminou na sua
prisão após condenação a 7 anos e 11 meses de detenção por corrupção
ativa. 




Segundo o
jornal O Estado de S. Paulo, Dirceu, que ficou apenas 11 meses preso e
desde novembro de 2014 passou a cumprir a pena em casa, afirma que a
dupla presidencial repete o mesmo comportamento diante da Lava Jato. “De
que serve toda covardia que o Lula e a Dilma fizeram na ação penal 470 e
estão repetindo na Lava Jato? Agora estamos todos no mesmo saco, eu, o
Lula, a Dilma”, disse Dirceu.




Apesar da
mágoa, o ex-­ministro descarta qualquer possibilidade de o
ex­-presidente ter participado das negociações com partidos aliados que
levaram ao escândalo do mensalão. Ele revelou a pessoas próximas ter
voltado contra sua vontade à direção do PT em 2009, quando preferia se
manter afastado do foco político. O ex­-ministro disse ter sido
procurado por Paulo Okamoto, presidente do Instituto Lula, em um hotel
de Brasília, onde ouviu a ordem para reassumir seu posto no diretório
nacional do PT.




“Lula queria me
controlar”, afirmou a amigos. Ao contrário de vários petistas, Dirceu
não vê Lula se movimentando em direção a uma possível candidatura em
2018. Ele diz acreditar que o ex-­presidente está mais ocupado no
momento em mobilizar os setores próximos do partido e “colocar lógica”
na relação turbulenta do governo com o PMDB. Mas não descarta a volta do
companheiro.




“Se chegar em maio de 2018 e o Lula disser que é candidato ninguém vai se opor”, disse ele aos amigos na semana passada.

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