Médico reclama de agressões verbais e diz que elas se estendem a outros profissionais no Hospital de Tabira. Veja!!!

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joao-verasO Médico João Véras foi procurado e falou ao Programa Show da Tarde da Rádio Cultura FM, apresentado por Júnior Alves, sobre as agressões verbais que vinha sofrendo de alguns pacientes que procuraram atendimento no Hospital de Tabira, informa o Radar do Sertão.
Doutor João lamentou muito as situações ocorridas principalmente as que envolveram pessoas da saúde como agressoras, uma vez que, segundo ele, tem conhecimento do que se trata de uma urgência e emergência e aquilo que pode ser atendido alguns momentos depois.
O médico disse que as explosões de fúria de algumas pessoas não se resumem apenas aos médicos, mas também vão das enfermeiras aos responsáveis pela limpeza. “A fama de Tabira não é boa entre os médicos e por isso ninguém quer trabalhar na cidade”, confirmou João.
Perguntado se sua decisão está tomada e é irreversível, João Véras disse que hoje não tem o desejo de continuar mais no Hospital de Tabira, mas nada impede que ele possa sentar e conversar com a equipe da saúde no município para encontrar alguma solução.
No facebook, Doutor João fez um desabafo e disse em uma postagem que o problema de Tabira deixou de ser gestão e passou a ser de educação. Leia na íntegra a mensagem do médico.
“Infelizmente, o problema de Tabira deixou de ser gestão e passou a ser de educação! Eu, também como paciente, não admitiria a falta de atendimento se houvesse médico no serviço sem fazer nada, ou no repouso, mas existindo outro paciente com maior gravidade, a atenção deve, obviamente, ser voltada pra ele! E, no nosso caso, não era apenas um paciente, eram vários vitimados de acidente, paciente psiquiátrica com lesão cortante em membro, outra com amputação traumática de dedos, sem contar nos inúmeros outros casos de um domingo trabalhoso! Pior ainda, é não respeitar o sentimento de uma família que acabara de perder um dos seus, e tentar denegrir a imagem do médico com palavras agressivas que ” era hora de cuidar dos vivos, já que quem morreu não tinha mais jeito”! Essa mesma pessoa que usava tais termos, hoje está bem, medicada e sem dor, já outros em Carnaíba choram a morte de um pai de família. Ficar sempre na recepção, atender prontamento quando fui chamado, tentar encaminhar e conseguir adiantar a situação dos pacientes com procedimentos que muitas vezes fugia a minha realidade de clínico, mas que tinha uma certa experiência da faculdade, não foi suficiente para acalmar os ânimos exaltados! Agradeço a minha equipe sempre hígida e disposta a servir, que mesmo jantando às 23h e sem nos sentarmos um instante, mantivemos o atendimento de quem necessitava ser assistido!”

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