Entidades discutem a crise da água no Pajeú

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Cerca de 150 pessoas dos municípios de Afogados da Ingazeira,
Iguaracy, Carnaíba, Ingazeira, Tuparetama e São José do Egito debateram a
crise da água no Sertão do Pajeú. Dentre as presenças com
representantes da Compesa, como Washington Jordão, o Presidente da
Amupe, José Patriota, mais o Vereador Augusto Martins, presidente da
Comissão Parlamentar do Pajeú e o Bispo Diocesano Dom Egídio Bisol. A
Audiência foi uma iniciativa da Sociedade Civil e aconteceu esta manhã
no Cine Teatro São José em Afogados da Ingazeira.

Em meio a uma das piores secas dos últimos 60 anos no Semiárido, que
pôs em colapso os maiores reservatórios de água do território pela
segunda vez em três anos, que submete a população de quatro municípios
do território ao abastecimento por caminhões pipa e que ameaça submeter
quatro novos municípios a água de pipas, a população apresentou suas
reivindicações e queixas para conclusão imediata das obras da Adutora do
Pajeú. Também houve cobrança de um plano emergencial de abastecimento
dos municípios de Ingazeira, Iguaracy, Tuparetama, São José do Egito e o
distrito de Jabitacá, uma vez que o reservatório de Rosário encontra-se
com apenas 3,4% de sua capacidade.
Outras questões relacionadas à crise da água foram denunciadas como a
retirada semanal de 79 caminhões de lenha da caatinga, a retirada
ilegal de areia do leito de rios e riachos, o despejo de esgoto sem
tratamento, a erosão e a destruição da mata ciliar do Rio Pajeú.
Para debater esse cenário que ameaça o abastecimento de água das
populações rurais e urbanas do Pajeú, foram convidados também o
Ministério Público Estadual, a CPRH, a APAC, o DNOCs e a ANA. Algumas
ausências foram justificadas, mas, a grande maioria dos órgãos públicos
não compareceu ao debate, demonstrando a ausência do Estado brasileiro
da vida dos sertanejos e seu distanciamento das reivindicações da
sociedade.
Para atender de forma emergencial os municípios de São José do Egito,
Iguaracy, Ingazeira, Tuparetama e o distrito de Jabitacá, na
possibilidade do colapso de Rosário, está sendo estudada a possibilidade
de disponibilizar 55 litros por segundo de água da Adutora do Pajeú
para abastecer esses municípios, segundo Washington Jordão da COMPESA.
Essa medida exigirá a construção de uma adutora de Afogados da Ingazeira
ao reservatório de Rosário.
Outra possibilidade é acelerar a conclusão da Adutora do Pajeú até o
município de São José do Egito e transportar a água deste município até
Rosário, segundo Rúbia Freitas Coordenadora da Compesa em São José do
Egito. A Compesa também se comprometeu em agilizar o serviço de reparo
das tubulações para evitar o desperdício de água tratada.
Com colaboração de Afonso Cavalcanti

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