Depois de vender craques, Atlético e Cruzeiro sofrem e despencam no ranking da artilharia.

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Qual a consequência de vender seus grandes astros, principalmente se eles forem do setor ofensivo? Uma queda no número de gols, é claro. Cruzeiro e Atlético-MG até começam o ano de 2015 com os cofres bem mais cheios, mas, ao menos por enquanto, sofrem para acertar o pé e despencam no ‘ranking da artilharia’ do país.
O Cruzeiro terminou 2014 como o time que mais marcou gols no Brasil. Foram nada menos que 125 em 71 jogos, uma média de 1,76 por jogo. No mercado da bola, porém, perdeu um trio fundamental do setor ofensivo. Marcelo Moreno, Ricardo Goulart e Everton Ribeiro (que, juntos, marcaram 51 gols na última temporada) foram embora, e o time passou a sofrer.
Até agora, são 12 gols em sete jogos. Bem verdade que a média nem despencou tanto assim (de 1,76 para 1,71), mas caiu justamente no momento em que ela costuma ser mais alta em uma temporada, enquanto um time disputa o campeonato estadual. Na Libertadores, onde o nível de competição costuma ser mais alto, o time celeste não colocou nenhuma bola na rede nos dois jogos que fez.
Considerando os 12 gigantes do país, o Cruzeiro saiu da liderança e caiu para a sétima colocação no ranking da artilharia.
Já o Atlético-MG faz ainda mais feio. O time alvinegro já era apenas o sétimo neste ranking, e agora caiu para a vice-lanterna. Cheio de lesões, os atleticanos fizeram apenas nove gols em sete jogos até aqui na temporada (uma média de 1,28 por partida). E assim como o rival Cruzeiro, não marcou nenhum gol nos dois jogos que fez na Libertadores.
A diferença para a última temporada é a ausência de Diego Tardelli. Tudo bem que ele havia marcado ‘apenas’ 15 dos 108 gols que o time fez em 73 jogos (1,48 por partida) em 2014, mas ele era peça chave e fundamental para a armação das jogadas no setor ofensivo.
Para se ter uma ideia maior de como a queda na média de gols, mesmo que pequena, é significante, apenas quatro dos 12 gigantes do país não aumentaram o números de gols neste começo de ano. E os outros dois são justamente os gaúchos, que vivem certa crise. O Internacional vem convencendo mais com a equipe reserva que com a titular, e o Grêmio se desfez de vários jogadores e vem sofrendo bastante com um time de jovens.
No Rio e em São Paulo, a média de gols teve um aumento significativo. Corinthians e São Paulo, por exemplo, subiram de 1,65 e 1,42 por jogo para 2,44 e 2,11, respectivamente. O Flamengo também passa dos dois gols por partida (subiu de 1,56 para 2,12). E o Botafogo parece outro: de 0,97 em 2014 para 2,28 em 2015.

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