Como foi a entrevista de Lula no Jornal Nacional – Veja o Resumo!
Lula criticou Bolsonaro diretamente, defendeu o combate a corrupção, a ex-presidente Dilma e falou que vai tirar o país da crise.
Candidato à Presidência da República pelo PT, o ex-presidente Lula, foi o entrevistado nesta quinta-feira, 25, no Jornal Nacional, na TV Globo. A entrevista faz parte das sabatinas com presidenciáveis realizada pelo telejornal mais visto do país. Logo de saída, Lula foi questionado sobre corrupção. Bonner disse: “O senhor não deve nada a Justiça. Ela deu razão ao senhor”.
“Corrupção só aparece quando você permite que ela seja investigada. A gente criou a lei de acesso de informação, a AGU, lei anti corrupção. Tudo isso foi no meu governo. Em 2005 quando teve o mensalão eu já disse que a unica chance de alguem não ser investigado é nao cometer erros”.
O ex-presidente criticou a Lava Jato.
“Por conta da Lava Jato, nós tivemos 4 milhões de desempregados, tivemos bilhões que deixaram de ser investidos. Você pode fazer investigação com a maior seriedade. Se rouba, vc prende. Mas vc permite que a empresa continue funcionando. O que fizeram com a Petrobrás foi uma insanidade”, disse Lula.
“A Lava Jato ultrapassou o limite da investigação e entrou para a política”.
“Eu poderia ter escolhido um procurador engavetador, mas eu escolhi um da lista tríplice, na polícia federal também não intervi. nós vamos continuar permitindo os mecanismos para investigar qualquer delito que haja na maquina publica”, defendeu Lula.
Renata perguntou para Lula por que ele não fala o que vai fazer quando acabar o mandato de Augusto Aras na PGR (Procuradoria Geral da República). Lula disse que é para gerar uma ‘pulguinha’ atras da orelha. Ele considera que não deve entregar os planos estratégicos do seu possível futuro governo tão antecipadamente. Eu nao quero um procurador leal a mim, quero um procurador leal ao povo brasileiro.
“Não quero amigo, quero pessoa séria e responsável. Eu não quero amigo em nenhuma insituição, quero pessoas competentes” afirmou.
Você vai manter suspense sobre uma questão tão fundamental? questionou Renata. “Em minha defesa eu tenho 3 indicações”, respondeu Lula. Em seguida, ele afirmou: “Bolsonaro troca qualquer diretor da PF a hora que ele quer. Eu não fiz isso na PF e não vou fazer”.
Lula defendeu Dilma e disse que ela “exemplar na Casa Civil”, no governo dele. O ex-presidente disse que no governo dele, ela “tomou decisões acertadas”. “Na gasolina, eu acho que ela errou no governo dela, e ela sabe que eu acho isso. Ela ainda tinha Eduardo Cunha e outros para boicotar”, reconheceu.
“Quando você deixa o governo, quem entrar governa do seu jeito, não do meu”, ponderou o ex-presidente.
Questionado por Bonner se vai governar como nos seus mandatos, ou como Dilma, Lula disse: “Eu quero voltar a governar esse país porque eu acho que podemos voltar a crescer, o país se desenvolver, gerar emprego. Quero provar que é possível fazer e fazer mais do que eu ja fiz”.
“Se tem uma coisa que eu sei fazer é cuidar do povo. Pretendo fazer uma gestão na economia a partir do que a gente construir”, afirmou Lula.
Para o ex-presidente, “orçamento secreto é um escarnio, não é democracia”. “Isso vai acabar”, afirmou. Perguntado por Renata como ele vai fazer isso, Lula disse que conversando com os deputados.
Em seguida, Lula pediu aos eleitores que escolham bem seus deputados, para ter um Congresso Nacional sério. Questionado sobre os petistas que não aceitam Alckmin de vice e o atacam, Lula disse que ele e Bonner não estão vivendo no mesmo mundo.
Bonner questiona se não tem vaia para Alckmin, e Lula conta que em um evento, o ex-tucano foi aplaudido de pé.
“O Alckmin é uma pessoa que vai me ajudar. eu sei que a experiência dele como governador de São Paulo vai me ajudar a governar esse país”, defendeu Lula.
Lula afirmou que quer voltar a ser presidente “pro Brasil voltar a crescer, ser feliz, gerar emprego. O povo tem que voltar a comer um churrasquinho, uma cervejinha, uma picanha”.
Lula defendeu a polarização que há no Brasil. Disse que se há democracia, há polarização. Disse que “nos EUA, na França, na Alemanha, na Nova Zelândia, na Finlândia, em todo lugar, tem polarização. Só não tem polarização na China, em Cuba”. Perguntado por Bonner.